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Emigrar nem sempre é uma decisão fácil de tomar. Há sempre um rol de emoções quando uma pessoa toma uma decisão como esta e acaba mesmo por mudar de país. Independentemente das emoções que uma pessoa possa ter, há sempre certas coisas que acabam por ajudar ao processo de começar a vida num país novo.
Ter um pé de meia
Mudar de país é algo dispendioso ao início. As passagens de avião, estadia em hotéis/hosteis/pensões/etc, a renda e caução de um apartamento (que muitas vezes vem apenas como o mínimo indispensável, e como tal, à renda junta-se o ter de rechear a casa), entre outras coisas. Assim sendo, é sempre bom ter algum dinheiro de parte para estas despesas iniciais.
Conhecer a cidade
Cidade, vila, aldeia, o quer que seja.
Conhecer as ruas, os supermercados, lojas, cafés, bares, cinemas, parques. Conhecer a história do sítio onde se está. Não só dá jeito no dia-a-dia, como muitas vezes dá para perceber porque é que certas coisas são como são. E quando se recebe visitas, podemos fazer de guias turísticos.
Fazer amizades
Chegar a um país novo e não conhecer ninguém pode levar com que a pessoa se sinta isolada e desamparada. E, apesar de se saber que temos sempre os amigos em casa com quem podemos falar, também é importante conhecer gente nova e fazer novas amizades no novo país, com quem se possa falar, sair, jantar, etc, etc. Colegas do trabalho, amigos de amigos, gente que se possa conhecer ao acaso ou até através de grupos do facebook. Pessoas "locais" e outros emigrantes. Isolar-se em casa só faz com que uma pessoa não aproveite como deve ser a aventura de se ser emigrante.Não fazer comparações
Esta parte é um pouco difícil, se não mesmo impossível. Há sempre tendência para uma pessoa comparar o país onde está com o país de onde vem. Porque as coisas são mais caras ou mais baratas, porque as pessoas são diferentes, assim como a cultura e os costumes e até a maneira de trabalhar. O importante aqui é uma pessoa não se esquecer que as coisas são isso mesmo: diferentes. Não quer dizer que sejam melhores ou piores. Em relação às coisas serem mais caras ou mais baratas, também convém uma pessoa ter a noção que os salários (por norma) também são diferentes, consequentemente, os preços também variam.
Tirar um curso da língua
Muitas vezes até podemos falar minimamente bem e conseguir dizer todas as palavras necessárias em ambiente de trabalho. O difícil é mesmo a conversa de café, que nada tem a ver com o discurso de trabalho.
Tirar um curso da língua é vantajoso não só para quebrar essa barreira como também para aprender certas expressões típicas.
Participar em actividades locais, conhecer museus e galerias
Para além do enriquecimento cultural, poderá ser uma maneira de conhecer pessoas novas, assim como mais uma forma de se manter ocupado e perceber costumes/tradições.
Aproveitar as novas tecnologias
Os meus avós, nos anos 50, emigraram não só para outro país como para outro continente, outro oceano, outro hemisfério, outro fuso horário, com uma viagem de cerca de 20 dias de barco entre os dois países. A comunicação com os que tinham ficado em Portugal era feita por carta, e telegrama para notícias mais urgentes e curtas. As visitas a Portugal eram raras, feitas de x em x anos. Hoje em dia, felizmente, acabamos por ter mais sorte. As passagens de avião são, quando compradas atempadamente, em conta e a viagem, por muito longe que uma pessoa possa estar, bem mais rápida do que no tempo dos nossos avós. Enquanto não dá para ir a casa matar saudades, há sempre os telefones, o skype, o facebook, o hangouts, o facetime, etc, etc. Longe, mas facilmente contactáveis.
Abraçar esta experiência
Independentemente dos motivos que levam uma pessoa emigrar, não há dúvidas que ir para um outro país é uma experiência e uma aventura do caraças. Mais do que o poder ganhar mais dinheiro e progredir na carreira, crescemos como pessoas ao viver numa cultura diferente à nossa. Especialmente quando acabamos por lidar com pessoas vindas também de outros países (óptimo para matar - ou não - certos estereótipos), que é bastante comum aqui na Irlanda. Não só isto, de se viver numa cultura diferente, como também acabamos por nos conhecer melhor, se se nos adaptamos ou não, como lidamos com certas situações que em casa, à partida, não lidaríamos, como enfrentamos as saudades, a distância, como nos desenrascamos. Ser emigrante não é sempre fácil, não é tudo um mar de rosas - no meu caso, as saudades são mesmo o mais difícil. Mas no final do dia, é algo extremamente enriquecedor a nível pessoal.
To emigrate is not an easy decision. There's an array of feelings when one makes this decision and ends up moving to another country. Regardless of the all emotions one can have, there're always some things that help the process of starting life in a new country.
Nest egg
Moving to another country can be expensive right in the beginning. The flight tickets, the hotel, the rent and its deposit of a new apartment (that somethings has nothing more than the essential, so you'll have to spend money to buy home stuff), as many other things.
So, it's always good having a nest egg for this initial expenses.
Get to know the city
City, village, whatever.
To know the streets, supermarkets, shops, cafes, pubs, cinemas, parks. Try to learn the history of the place you are. Not only it helps for day-to-day errands as it helps as well to understand how certain things are like they are. And when you have someone visiting you, you can be the tourist guide.
Make new friends
Being in a new country and not to know anyone may let you feel alone and helpless. Tough you still have friends at home with whom you can talk, is also important to know new people and make new friends so you can talk, get out, have dinner, among other things. Works colleagues, friends of friends, people you may get to know by chance and even through facebook groups. Local people and other emigrants from other countries. Being at home alone will not make you be able to enjoy this adventure of being an expat.
Don't make comparisons
This one is a little bit hard, if not impossible. There's always the tendency to compare the country you're from with the country you're at. Because things are more expensive or cheaper, people are different, as the culture and customs and even the way people work and deal with things. The important here is not to forget that things are just like that: different. Doesn't mean better or worse. About things being more expensive or cheaper, we must not forget that the salaries are (usually) different from home, so, the prices must also vary.
Take a language course
Sometimes, the hard is not having to talk at work. We may know all the words we need to use in there. The hardest is the chit-chat.
Taking a language course is good to take that wall down and to learn some other local sayings/slangs.
Try to participate in local activities, go to museums and galleries
A way of knowledge growth and possibly another way to know people. It can be, as well, one more thing for you to get out of home and to understand the customs and local traditions.
My grandparents, in the 50's, not only emigrated to another country but to another continent, another ocean, another hemisphere and another time zone, 20 days ship travel between the two countries. They could only communicate with their loved ones in Portugal through letters and telegrams for urgent and short messages. And they seldom visited their family and friends in Portugal. Nowadays we have more luck. If bought with some time in advance, we can get cheap flight tickets and the trip is quicker than was ever before, as far as one can be. While we can't go home, we have phones, skype, facebook, hangouts, facetime, etc. Far but always reachable.
Embrace this experience
Regardless all the reasons why someone decide to emigrate, there's no doubt that moving abroad is a hell of an experience and an adventure. More than the opportunity of making more money and of career growth, we grow as persons when living in a totally different culture than ours. Specially when we deal with other emigrants from other countries (really good to kill - or not - some stereotypes), as is really common here in Ireland. Besides we get to know ourselves better, if we can adapt, how we deal with certain situations that otherwise we wouldn't have to deal, how we deal about missing home, the distance and how we deal day to day. Being an emigrant is not always easy, not everything is a walk in the park - for me, missing family/friends/home is the hardest thing. But in the end of the day, it's an extremely rewarding experience.
Nini
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