Poder às pessoas / Power to the people

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Considerar Portugal como país democrático é uma piada. E das grandes.
Podemos votar livremente nas legislativas, autárquicas e europeias. Mas referendos por assuntos à séria está quieto. Vemos toda uma população a ser manipulada por 230 indivíduos como se fossem os donos de tudo, muitas das vezes levados pelas suas convicções religiosas como se não fosse um país laico. Mas perguntar à população o que realmente quer é estar a dar demasiado poder, e isso não pode ser. O povo tem que estar sobre controlo, não é?
Basta.

#ReferendoPelaEutanásia


To consider Portugal as a democratic country is a joke. A big fat joke.
We portuguese can vote in legislative, local and European elections. But there's no referendums for any major subjects. We see a whole population being manipulated by 230 individuals as if they were owners of everything, most of the times taken by their own personal religious convictions, even though Portugal is a secular state. But to ask to the population what we really want is to give too much power. The people must be under control, right?
Enough is enough.

#ReferendumForEuthanasia  

Nini


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Via verde e a mensagem GDPR/ Portuguese GDPR

Ahhh Via Verde, hesitei muito em te responder, mas não consigo mais silenciar o desprezo que senti ao ler a tua mensagem GDPR, quando me pedes para renovar votos de fidelidade e praticas o poliamor. Sim, porque eu sei que não é só a mim a quem pedes renovação de votos...
Sinto-me magoada e aproveito a dizer-te que esta relação não tem futuro...
Sim, acabou. Chegou a hora de dizer basta...
Numa relação temos de saber andar a par e contigo sinto que queres estar sempre na minha frente e ainda me fazes exigências. E eu simplesmente não aceito mais viver no terror psicológico de passar na cancela e dar amarelo, porque a pilha acabou ou o cartão bancário caducou e não tive ainda a oportunidade de o associar a ti.
Basta, não quero mais viver o drama das filas no pós portagem, não quero que me alicies mais com descontos em parques teus que implicam eu ter de deixar o carro na Terrugem para apanhar transfer para o Desterro e ficar presa na mesma no trânsito...
Não te sintas importante quando todos nós temos de recorrer a ti porque mais uma vez a Carris, Metro ou qualquer outra rede de transportes públicos está em greve... De ti so reconheço oportunismo e falta de memória, ja que a nossa relação começou em 2007 e não em 2015 como tu supões... 8 anos das nossas vidas que nada significaram para ti...
Desculpa... Mas acabou!

Ahhh Via Verde (Portuguese company responsible for the electronic toll system), I was reluctant to answer your GDPR email, but I can't shut up much longer what I felt after reading that you were asking me to renew our vows, how can I swear fidelity to you, if you're asking the some to all the other Portuguese? How can I be loyal to you if you're promoting polyamory?
I feel hurt, therefore I am telling you this commitment cannot longer exist.
Yes, it is over, it is time to say goodbye.
In a relationship, we need to know how to be at the same level, but with you, I always felt that you wanted to be the first at everything and as it wasn't enough, you were always asking me for money. I just cannot live anymore on the psychological terror of passing the toll with the yellow light on, either because I had to change the batteries of the electronic identification or because my bank card was renewed and I didn't have the opportunity yet to associate the new one.
Enough is enough and I don't want to live any longer the bumper to bumper traffic right after your tolls in the highways, I don't want you to tell me to leave my car in your park in Terrugem and take your transfer to Desterro (Portuguese towns roughly 40km apart) to be caught in traffic anyway...
Don't feel much important about yourself when we don't have any other choice to go to work, because the public transports are on strike again.
From you, I just recognise how you explored me and lack of memory. Our commitment started in 2007 not in 2015 as you thought... 8 years of our lives that just meant nothing to you...
I am sorry, but it's over!

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     Pat
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Fim-de-semana / Weekend: Donegal & Northern Ireland

Aproveitando ter família a visitar-nos, decidimos ir até Co. Donegal e à Irlanda do Norte, a Giant's Causeway e a Belfast. Tivemos muita sorte com o tempo, sol e calor durante todo o fim-de-semana. 
Em Donegal estivemos apenas algumas horas, mas temos de lá voltar, sem sombra de dúvida.
Apesar de já termos ido Giant's Causeway e a Belfast antes (a Belfast deve ter sido a 4ª/5ª vez a lá ir), vale sempre apena lá voltar.

With family visiting us, this last weekend we decided to visit Co. Donegal and  Northern Ireland, to Giant's Causeway and Belfast. We were so lucky, the weather was amazing, sunny and warm. We stayed in Donegal for just a few hours, but we really have to come back there, it's a whimsical place. It wasn't our first time in both Giant's Causeway nor Belfast, but we wanted to show our family. Yesterday when we got home, we were really tired after so many hours in the road, but it was really worth it. 

Co. Donegal

Co. Donegal

Co. Donegal

Co. Donegal

Co. Donegal

Co. Donegal

Co. Donegal

Derry

Derry

Derry

Derry

Somewhere in Northern Ireland

Giant's Causeway

The Nook - Giant's Causeway

Giant's Causeway

Giant's Causeway

Giant's Causeway

Giant's Causeway

Giant's Causeway

Peace Lines, Belfast

Peace Lines, Belfast

Peace Lines, Belfast
Peace Lines, Belfast

Peace Lines, Belfast
Nini



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Pernas roliças e lei de Murphy / Hefty legs and Murphy's law

Image: Google Images

Semana passada, após ter andado a fazer bainhas a uns poucos pares de calças do marido, aproveitei para fazer também a umas calças de ganga minhas. Chamem-me prendada, mas na verdade é o meu lado forreta a falar mais alto. Ora portanto, estas já não são propriamente novas, e a este ponto já as devo ter usado umas belas centenas de vezes. No entanto, como dava para dobrar o excesso de perna para dentro, e como ainda não tinha tido paciência para fazer as bainhas, ia deixando estar.
Ora portanto, há dois dias atrás, voltei a usar as ditas calças, toda feliz e contente com as bainhas feitas.

Mas aqui a menina tem a perna roliça. E as calças, como já referi, não são novas. Já estavam um pouco gastas entre as pernas, onde o tecido vai ficando mais fino à conta de ter as pernas a roçarem uma na outra.

E há dois dias, durante um jantar de aniversário, ao usar as minhas calças pela primeira vez após ter feito as bainhas, baixo-me para apanhar qualquer coisa do chão quando elas decidem romper na zona entre as pernas. Assim, sem mais nem menos, tinha o meu par de calças de ganga preferido com a bainha feita e com um buraco enorme entre as pernas.

Ora porra, não podiam ter rompido uma semana mais cedo antes de ter tido o trabalho de fazer as bainhas?


Last week, after hemming a few husband's trousers, I decided to hem as well a pair of denim trousers of mine. You can call me a household goddess, but it's just my cheap side. As I was saying, these jeans weren't new and I already wore them probably hundreds of times. But, as I could fold the excess of leg, and because I haven't had the patience til that day to hem them, I've been wearing as they originally were. 
So, two days ago, I wore them again, this time without all the excess of fabric. 

But I have hefty legs. And the jeans weren't new, as I already mentioned before. They were a little bit torn out between thighs.

Two days ago, in a birthday dinner, I was wearing my jeans for the first time after hemming them when I squatted to pick something from the floor and they decided to rip where the fabric was a little bit torn out, between the thighs. Just like that, I had my favorite pair of jeans with the right length for me and this big hole between thighs.

Shite, couldn't they rip a week earlier before hemming them?

Nini
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Corre, Nini, corre! / Run, Nini, run!

Este fim-de-semana tivemos um casamento em Portugal. Senhor meu marido já tinha comprado as passagens de avião há uns meses, mal soubemos do casamento, mas ao contrário daquilo que costuma fazer, não me enviou o email da compra dos bilhetes.
Duas semanas antes, comecei a perguntar a que horas era o voo. Por volta das 16h.
Manda-me o email da viagem, dizia eu.
Já confirmaste as horas?, voltava a perguntar.
Acho que é as 15h50, respondia ele.
Ainda não enviaste o email da viagem. Envia-me lá. Pelo menos confirma a hora do voo!
Ah esta, tenho-me esquecido. Mas acho que é as 16h.

Sexta-feira passada, convencida então que o voo seria as 16h, maridinho lá se lembra de me enviar o bilhete, estávamos nós ja no autocarro para o aeroporto.
Pois bem, o voo não era as 16h como ele tinha andado a dizer. Era as 15h20. As portas do avião fechavam as 14h50. Eram 14h40 quando conseguimos chegar ao aeroporto, com um trânsito infernal como não me lembro antes.

Foi uma correria até chegar à porta de embarque, que só por acaso era a última. Aquilo que, em passo normal, demoraríamos cerca de 30 minutos a fazer, no mínimo, a contar passar pela segurança, e atravessar todo o terminal até chegar a porta de embarque, foi feito em 10 minutos. Os meus pés, pernas e pulmões berraram, suplicaram por um pouco descanso. Mas ainda teria forças para o esganar caso não conseguíssemos apanhar o bendito avião.



This past weekend, we had a wedding in Portugal. My dear husband, who had bought the plane tickets a few months before, right after we knew about this wedding, didn't send me the email with the tickets as he usually does.
So, two weeks ago, I started asking him what time was the flight. Around 4pm, he would say.
Send me the email with the flight details, I would ask.
Did you confirm the time of the flight?, I would ask him again.
I think it's at 3h50pm, he would say.
You haven't sent me the email. Send it. At least confirm the time of the flight!
Oh, I forgot. But I think it's at 4pm.

Friday, convinced that the flight would be at 4 pm, my hubby decided to send me the boarding pass, while we were already on the bus.
Well, the flight wasn't at 4pm. Was at 3h20pm. 
We arrived to the airport at 2h40pm, only 10 minutes left before the gates closing. What usually takes around at least 30 minutes until getting to the gate, we had to do it in 10 minutes. After a while, my feet, legs and lungs were pleading for some mercy and some rest. But if I missed that flight I would still have the strength to throttle my dear and lovely husband.

Nini
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Aptidão que um emigrante vai ganhando / A skill that an expat gets really good at


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Quando vim para cá, sempre que ia a Portugal (ou a qualquer outro sítio) e depois regressava, começava a falar a mala com uns dois dias de antecedência. Tinha de ser uma coisa bem pensada. Não convinha esquecer nada mas também não queria levar toda a casa às costas.
A coisa boa de passar a vida a viajar é que ganhei uma prática brutal a fazer malas. Por exemplo, estou a mais ou menos duas horas de sair de casa para ir para o aeroporto, já tenho a mala ao lado da cama mas continua completamente vazia. Nem sequer as cuecas ainda tirei da gaveta para pôr na mala - geralmente a primeira coisa que ponho na mala. Nada!

Isso e porque também sou espectacular na arte de procrastinar.


When I came here, every time I'd travel back to Portugal (or any other place) and after when I would come back, I had to start packing at least two days before the flight. It was something that I had to think really well about. I shouldn't forget anything but didn't want to pack everything and anything.
The good thing about travelling all the time, is that I got really good packing. For exemple: in about two hours I have to leave home to go to the airport, I already have the bag right beside the bed but it's still empty. Not even the panties - usually, the first thing I put in the bag. Nothing. Nada.

That and because I'm amazing in the art of procrastination.

Nini

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A pensar em emigrar? / Thinking of moving abroad?

weheartit.com


Emigrar nem sempre é uma decisão fácil de tomar. Há sempre um rol de emoções quando uma pessoa toma uma decisão como esta e acaba mesmo por mudar de país. Independentemente das emoções que uma pessoa possa ter, há sempre certas coisas que acabam por ajudar ao processo de começar a vida num país novo.

Ter um pé de meia
Mudar de país é algo dispendioso ao início. As passagens de avião, estadia em hotéis/hosteis/pensões/etc, a renda e caução de um apartamento (que muitas vezes vem apenas como o mínimo indispensável, e como tal, à renda junta-se o ter de rechear a casa), entre outras coisas. Assim sendo, é sempre bom ter algum dinheiro de parte para estas despesas iniciais.

Conhecer a cidade
Cidade, vila, aldeia, o quer que seja. 
Conhecer as ruas, os supermercados, lojas, cafés, bares, cinemas, parques. Conhecer a história do sítio onde se está. Não só dá jeito no dia-a-dia, como muitas vezes dá para perceber porque é que certas coisas são como são. E quando se recebe visitas, podemos fazer de guias turísticos. 

Fazer amizades
Chegar a um país novo e não conhecer ninguém pode levar com que a pessoa se sinta isolada e desamparada. E, apesar de se saber que temos sempre os amigos em casa com quem podemos falar, também é importante conhecer gente nova e fazer novas amizades no novo país, com quem se possa falar, sair, jantar, etc, etc. Colegas do trabalho, amigos de amigos, gente que se possa conhecer ao acaso ou até através de grupos do facebook. Pessoas "locais" e outros emigrantes. Isolar-se em casa só faz com que uma pessoa não aproveite como deve ser a aventura de se ser emigrante.

Não fazer comparações
Esta parte é um pouco difícil, se não mesmo impossível. Há sempre tendência para uma pessoa comparar o país onde está com o país de onde vem. Porque as coisas são mais caras ou mais baratas, porque as pessoas são diferentes, assim como a cultura e os costumes e até a maneira de trabalhar. O importante aqui é uma pessoa não se esquecer que as coisas são isso mesmo: diferentes. Não quer dizer que sejam melhores ou piores. Em relação às coisas serem mais caras ou mais baratas, também convém uma pessoa ter a noção que os salários (por norma) também são diferentes, consequentemente, os preços também variam. 

Tirar um curso da língua
Muitas vezes até podemos falar minimamente bem e conseguir dizer todas as palavras necessárias em ambiente de trabalho. O difícil é mesmo a conversa de café, que nada tem a ver com o discurso de trabalho.
Tirar um curso da língua é vantajoso não só para quebrar essa barreira como também para aprender certas expressões típicas.

Participar em actividades locais, conhecer museus e galerias
Para além do enriquecimento cultural, poderá ser uma maneira de conhecer pessoas novas, assim como mais uma forma de se manter ocupado e perceber costumes/tradições. 

Aproveitar as novas tecnologias
Os meus avós, nos anos 50, emigraram não só para outro país como para outro continente, outro oceano, outro hemisfério, outro fuso horário, com uma viagem de cerca de 20 dias de barco entre os dois países. A comunicação com os que tinham ficado em Portugal era feita por carta, e telegrama para notícias mais urgentes e curtas. As visitas a Portugal eram raras, feitas de x em x anos. Hoje em dia, felizmente, acabamos por ter mais sorte. As passagens de avião são, quando compradas atempadamente, em conta e a viagem, por muito longe que uma pessoa possa estar, bem mais rápida do que no tempo dos nossos avós. Enquanto não dá para ir a casa matar saudades, há sempre os telefones, o skype, o facebook, o hangouts, o facetime, etc, etc. Longe, mas facilmente contactáveis. 

Abraçar esta experiência
Independentemente dos motivos que levam uma pessoa emigrar, não há dúvidas que ir para um outro país é uma experiência e uma aventura do caraças. Mais do que o poder ganhar mais dinheiro e progredir na carreira, crescemos como pessoas ao viver numa cultura diferente à nossa. Especialmente quando acabamos por lidar com pessoas vindas também de outros países (óptimo para matar - ou não - certos estereótipos), que é bastante comum aqui na Irlanda. Não só isto, de se viver numa cultura diferente, como também acabamos por nos conhecer melhor, se se nos adaptamos ou não, como lidamos com certas situações que em casa, à partida, não lidaríamos, como enfrentamos as saudades, a distância, como nos desenrascamos. Ser emigrante não é sempre fácil, não é tudo um mar de rosas - no meu caso, as saudades são mesmo o mais difícil. Mas no final do dia, é algo extremamente enriquecedor a nível pessoal. 



To emigrate is not an easy decision. There's an array of feelings when one makes this decision and ends up moving to another country. Regardless of the all emotions one can have, there're always some things that help the process of starting life in a new country.

Nest egg
Moving to another country can be expensive right in the beginning. The flight tickets, the hotel, the rent and its deposit of a new apartment (that somethings has nothing more than the essential, so you'll have to spend money to buy home stuff), as many other things.
So, it's always good having a nest egg for this initial expenses.

Get to know the city
City, village, whatever.
To know the streets, supermarkets, shops, cafes, pubs, cinemas, parks. Try to learn the history of the place you are. Not only it helps for day-to-day errands as it helps as well to understand how certain things are like they are. And when you have someone visiting you, you can be the tourist guide.

Make new friends
Being in a new country and not to know anyone may let you feel alone and helpless. Tough you still have friends at home with whom you can talk, is also important to know new people and make new friends so you can talk, get out, have dinner, among other things. Works colleagues, friends of friends, people you may get to know by chance and even through facebook groups. Local people and other emigrants from other countries. Being at home alone will not make you be able to enjoy this adventure of being an expat.

Don't make comparisons
This one is a little bit hard, if not impossible. There's always the tendency to compare the country you're from with the country you're at. Because things are more expensive or cheaper, people are different, as the culture and customs and even the way people work and deal with things. The important here is not to forget that things are just like that: different. Doesn't mean better or worse. About things being more expensive or cheaper, we must not forget that the salaries are (usually) different from home, so, the prices must also vary.

Take a language course
Sometimes, the hard is not having to talk at work. We may know all the words we need to use in there. The hardest is the chit-chat.
Taking a language course is good to take that wall down and to learn some other local sayings/slangs.

Try to participate in local activities, go to museums and galleries
A way of knowledge growth and possibly another way to know people. It can be, as well, one more thing for you to get out of home and to understand the customs and local traditions.

Get the best of the new technologies
My grandparents, in the 50's, not only emigrated to another country but to another continent, another ocean, another hemisphere and another time zone, 20 days ship travel between the two countries. They could only communicate with their loved ones in Portugal through letters and telegrams for urgent and short messages. And they seldom visited their family and friends in Portugal. Nowadays we have more luck. If bought with some time in advance, we can get cheap flight tickets and the trip is quicker  than was ever before, as far as one can be. While we can't go home, we have phones, skype, facebook, hangouts, facetime, etc. Far but always reachable. 

Embrace this experience
Regardless all the reasons why someone decide to emigrate, there's no doubt that moving abroad is a hell of an experience and an adventure. More than the opportunity of making more money and of career growth, we grow as persons when living in a totally different culture than ours. Specially when we deal with other emigrants from other countries (really good to kill - or not - some stereotypes), as is really common here in Ireland. Besides we get to know ourselves better, if we can adapt, how we deal with certain situations that otherwise we wouldn't have to deal, how we deal about missing home, the distance and how we deal day to day. Being an emigrant is not always easy, not everything is a walk in the park - for me, missing family/friends/home is the hardest thing. But in the end of the day, it's an extremely rewarding experience. 

Nini

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Mau mau Maria... O que estão à espera?

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Coisas que aprendi na Irlanda / Things I've learned in Ireland


O tempo nao é desculpa para nada
Em Portugal muitas vezes usávamos o tempo como desculpa para ficar com o rabo assolapado no sofá o dia inteiro. Está muito frio. Está a chover. Está vento. Está muito calor - não para mim, que gosto mesmo é de calor.
Como se sabe, a Irlanda não é conhecida pelo seu clima fantástico com temperaturas dignas de país
tropical, como tal, se fossemos usar o tempo como desculpa, não saíamos de casa. De todo. E a verdade é que acabamos por ter uma vida social mais preenchida durante o ano inteiro aqui do que tínhamos em Portugal.

Apesar de ser uma ilha, não há muito peixe à venda
Ora, como boa portuguesa que sou, não só gosto bastante de peixe/marisco como estava habituada a ter uma variedade enorme de peixe à escolha.
Aqui já não acontece bem isto. Não quer dizer que não haja peixe nenhum à venda, só não há tanta variedade, pelo menos nos supermercados.
Giro giro, é ir a Portugal e ver à venda no supermercado marisco vindo dos mares da Irlanda. Mas aqui, nem vê-lo.

Os restaurantes têm sempre opção vegetariana
Quase sempre pelo menos, tirando uns poucos que se dedicam unicamente à confecção de carne.
E quando digo opção vegetariana, não estou a falar de omeletes ou saladas. Não, não. Comidinha boa. A menina agradece, uma vez que, apesar de comer peixe/marisco, tem uma alimentação maioritariamente vegetariana.

Com saudades de caldo verde mas não há couve galega à venda
Não faz mal, usa-se Kale - parecida à couve galega, talvez apenas um com um sabor um pouco mais intenso. 
Lasagna de espinafres e requeijão mas não há requeijão. Há ricotta. E empadão de bacalhau mas só há bacalhau fresco. Bacalhau fresco será. 
Adaptamos. Moldamo-nos consoante as circunstâncias. Somos portugueses, somos desenrascados!

As gaivotas aqui são atrevidas
Dublin está cheia de gaivotas. Há umas semanas estava em casa a falar com a minha mãe pelo skype e ela achou piada por ter ouvido uma gaivota como se estivesse mesmo ao meu lado. Elas andam pela cidade inteira e não têm medo das pessoas. As pessoas é que têm medo delas. Para além dos presentes que às vezes atiram às pessoas, também gostam de roubar comida. Já assisti uma gaivota a rouba uma sandes a uma senhora, que estava no parque a aproveitar o sol durante a hora de almoço. E o meu marido também já ficou sem o pequeno-almoço depois de ter sido assaltado por uma gaivota.

As lojas fecham cedo e tudo bem
Quando vim para cá, uma das coisas que mais me fazia confusão era as lojas fecharem cedo. Em Portugal, uma pessoa está habituada a entrar nas lojas as 10 da noite e ainda ter uma hora para poder ver tudo nas calmas. Aqui, por volta das 18h/19h fecha tudo. 
Hoje em dia estou habituada e acho muito bem. O pessoal que trabalha nas lojas também merece ir ter com a sua família, amigos, coçar a micose, o que quiser fazer no seu tempo livre.

As casas não tem estores
Outra coisa que me fazia confusão. Gosto de dormir com tudo as escuras e isto de não ter estores é
chatinho especialmente no verão em que não há tantas horas de escuridão total quanto isso. Mas uma pessoa habitua-se e arranja alternativas.
Hoje em dia vou a Portugal e não gosto de ver as casas com os estores todos fechados. Parecem gaiolas, sem vida.

Se faz sol, é para aproveitar
Como referi no início deste post, se uma pessoa usasse o tempo como desculpa, uma pessoa nunca saía de casa. Por isso, faça frio, chuva ou vento, é ver o pessoal na rua e enfiado nos pubs. Basicamente em todo lado menos em casa. Só se nevar é que pára tudo e ficamos todos de castigo, enclausurados.
Mas se faz sol é que então é a loucura total. Os parques, as praias, as ruas, as esplanadas, tornam-se em autênticos mares de gente para conseguir aproveitar todo sol e mais algum.
Os homens andam pela cidade de tronco nu e as mulheres deixam os dedinhos pálidos dos pés ao léu. Viramos todos lagartas e a vida torna-se bela. 



The Weather is no excuse
In Portugal, we used the weather as an excuse to stay at home all day doing nothing. Too cold. It's raining. It's windy. Too hot - not for me, I really like warm days.
As you know, Ireland is not famous for its amazing weather, with tropical temperatures, so we can't use the weather as an excuse to not get out of home. At all. And the truth is that we have a more fulfill social life here all year than we used to have in Portugal.

This is an island but there's isn't much fish
Well, as a good portuguese that I am, not only I like fish/seafood but I was used having a great variety of fish. This doesn't happen here. Doesn't mean that there's no fish at all, just not that much variety.
The funny is to go to Portugal e see seafood from the Irish seas. Here, I can find it anywhere.

The restaurants always have vegetarian dishes
Almost always, if we don't count with only meat restaurants. And we I say vegetarian, I don't mean omelettes nor salads. No, no, no. I mean good and tasty food.
I appreciate, although I still eat fish, my main diet is vegetarian.  

You're missing that traditional portuguese soup but you can't find the cabbage you want
It's okay, you use another one.
Spinach and sheep creamy cheese but you can't find the cheese. There's ricotta. And salty cod pie but there's only fresh cod. Fresh cod will be.
We adapt. We shape according the circumstances. We're portuguese, we're resourceful!

The seagulls are naughty
Dublin is filled with seagulls. A few weeks ago, I was talking with my mother trough skype and she thought it was funny hearing a seagull like it was was right beside me. They flight around all city and they're not afraid of people. Instead, people are afraid of them. Besides the bombs they like to throw to people, they also like to steal food. I already saw a seagull stealing a sandwich of a lady that was in the park enjoying the sun in lunch time. And my husband was once mugged by a seagull.

The stores close early and that's fine
When I came here, one of the things that I thought was weird was the stores closing so early. In Portugal, I was accustomed to go shopping at 10 pm and still having one hour to see everything. Here, around 6/7pm, everything closes.
Nowadays, I'm used to this and I think it's the right thing. People who work in the store deserve to go home, to their family, friends, to do whatever they want in their free time.

Houses here don't have the same hard blinds in windows
Another thing that used to make me curl my skin. I like to sleep in total darkness and this thing of not having blinds in windows is hard for me specially in summer time. But we get used to and get alternatives. 
Nowadays, I go to Portugal and don't like to see all houses with those hard blinds. They look like cages, with no life inside.

If there's sun, we need to enjoy it while lasts
As I wrote in the beginning of this post, if we used the weather as an excuse, we wouldn't get out of home. So, if it rains, if it's cold or wind, we see everyone in the street and in the pubs. Everywhere but home. Only if it snows that everything stops and we're stay home, grounded.
But if it's sunny, it's total madness. Parks, beaches, the streets fill with people enjoying the sun.
Men walk around without shirts and women show there pale toe. We become lizards and life is beautiful.



Nini


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